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CEI da Associação Bom Pastor inicia suas atividades nesta quinta

Primeira reunião da comissão especial de inquérito será às 15h00, na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Catanduva instituiu, na sessão da última terça-feira (3), Comissão Especial de Inquérito (CEI) com o objetivo de apurar as reais informações relativas ao loteamento da Associação Bom Pastor.  

A apuração será feita após requerimento apresentado pelo vereador Mauricio Gouvea (PSDB), durante a sessão. O pedido foi aprovado por unanimidade pelos demais parlamentares. Por ser o autor da proposta para criação da CEI, Maurício presidirá a comissão, que conta também com a participação de Marquinhos Ferreira (PT), na condição de relator, e de Gleison Begalli (PDT) como membro indicado.  

A primeira reunião da CEI da Associação Bom Pastor será realizada nesta quinta-feira, a partir das 15h00, na Câmara Municipal. Os trabalhos serão secretariados pelo funcionário da Casa Reginaldo Puydinger dos Santos.  

“Todos os dias, em nossos gabinetes, recebemos inúmeras ligações de famílias que adquiriram cotas da associação, na esperança de conquistarem seu terreno. O problema é que o tempo passa e o sonho delas não se realiza. São milhares de pessoas aguardando uma resposta. O objetivo desta CEI é justamente levantar as informações e auxiliar as famílias da Associação Bom Pastor, que estão desemparadas nessa questão”, afirma Maurício.  

Entenda o caso 

A Associação Bom Pastor foi constituída com o objetivo declarado de reunir famílias carentes, para viabilizar a compra conjunta de uma área em Catanduva, onde seria instalado um loteamento de interesse social.  

Nessa modalidade de compra, o valor dos terrenos sairia bem abaixo dos preços de mercado. Porém, em 2020 a entidade tornou-se alvo de uma ação judicial proposta pelo Ministério Público, que bloqueou suas contas e barrou o andamento do projeto.  

A área objeto da polêmica, localizada próximo ao Conjunto Giuseppe Spina (conhecido como Pachá 2), segue sem obras de infraestrutura, que são fundamentais para a liberação das escrituras e da autorização para que os proprietários possam construir no local. Ao todo, cerca de 2 mil famílias adquiriram cotas da Associação Bom Pastor em Catanduva, que também anunciou outro loteamento, situado nas imediações do Alto da Boa Vista e que também não está concretizado.