Justiça valida lei de Marquinhos, que dá prioridade, em projetos habitacionais, às mulheres vítimas de violência
Prefeito Osvaldo de Oliveira Rosa tentou barrar a proposta, com um veto e depois uma Adin, mas não obteve sucesso
Fracassaram as tentativas do prefeito Osvaldo de Oliveira Rosa de impedir que mulheres vítimas de violência tenham prioridade em projetos habitacionais realizados em Catanduva.
O projeto de lei que beneficia essas mulheres e seus filhos é de autoria do presidente da Câmara Municipal, Marquinhos Ferreira. O texto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores.
Porém, o ex-sacerdote optou por vetar a proposta, que visa combater a violência sobre a mulher. A Câmara derrubou o veto. Contrariado, o prefeito entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Os desembargadores que analisaram o caso não se deixaram levar pelos argumentos do prefeito e reconheceram que o projeto de Marquinhos é constitucional.
Portanto, agora é lei: as mulheres vítimas de violência têm prioridade nos programas habitacionais em Catanduva.
“Quando uma mulher sofre violência doméstica, um dos fatores que acabam por impedi-la de denunciar o agressor é que ela não tem para onde ir, com seus filhos. Continuando em casa, ela permanece sob o jugo que quem a agrediu. Por isso, esse projeto foi pensado como forma de acabar com o ciclo de violência, libertando a mulher e seus filhos. Fico feliz por a Justiça ter reconhecido a importância e a legalidade desta proposta”, afirma Marquinhos.